Iqos, e-cig e vaporizador – alternativas eletrônicas ao cigarro
Cigarro é coisa do passado. O futuro é sem fumaça, o presente “vem à vapor”. Antes de mais nada quero deixar claro a minha opinião para quem quer deixar de fumar. Se você chegou aqui com essa intenção o primeiro passo é ter força de vontade e eliminar de vez o cigarro e não dar margem para qualquer tipo de alternativa. Fica a dica!
Já tentou e não conseguiu de forma alguma? Já existem alternativas menos nocivas, segundo centenas de pesquisas realizadas no mundo inteiro. Sugiro pesquisar, ler e entender diversas pesquisas e o contexto ao qual elas estão inseridas. Conhecimento nunca é demais, ainda mais quando se trata de algo que envolve sua saúde. Você é o único responsável por ela.
Alternativas eletrônicas ao cigarro
Deixando a polêmica de lado, IQOS, e-cigs e vaporizadores (os famosos vapes) são dispositivos eletrônicos onde a combustão não tem vez. Onde há fumaça há fogo, já dizia o ditado. Onde não há fumaça não há fogo. A combustão do tabaco com outras dezenas de substâncias que produzem milhares de compostos químicos são os maiores responsáveis por doenças relacionadas ao tabagismo. Estes dispositivos apenas liberam vapor a partir do produto em que nele está inserido, seja ele um bastão de tabaco ou um líquido específico.
“É a combustão do cigarro, e não o tabaco ou a nicotina, que é a
causa de um desastre na saúde pública. O processo de combustão
produz muitos compostos tóxicos que não estão presentes em
tabaco não queimado.”
Jean-Francois Etter, professor de saúde pública e em dos principais pesquisadores
no controle de tabagismo da Suíça.
IQOS – Produto de tabaco eletronicamente aquecido
IQOS é uma das alternativas da Philip Morris International (PMI). O dispositivo lembra uma caneta laser com uma abertura onde se insere o bastão de tabaco, este muito parecido com um cigarro só que menor. Nesta abertura do aparelho tem uma lâmina onde o tabaco é fincado, deixando para fora apenas o “filtro” do bastão. Para quem está trocando o cigarro pelo IQOS, a sensação ao colocá-lo na boca é idêntica ao cigarro.
O IQOS deve ser guardado sempre em um dispositivo semelhante a um Powerbank quando não estiver em uso. É neste dispositivo que ele se mantém carregado e que também tem o plug USB para carregamento.
O pequeno bastão de tabaco é vendido em maços com 20 unidades, assim como o cigarro, e cada unidade rende 14 tragadas ou 6 minutos com o IQOS ligado.
Experiência própria: provei o IQOS e a experiência é muito próxima do cigarro na hora do trago. O vapor vem quente, o sabor é bem parecido por ser um tabaco aquecido e o material onde você coloca a boca é idêntico a um filtro. Ele não arranha tanto na garganta como um cigarro convencional e o vapor é muito diferente de uma fumaça, claro. O vapor talvez seja a principal adaptação para um fumante.
O IQOS é discreto e não vai deixar cheiro em sua roupa.
E-cig ou cigarro eletrônico
Considerado o precursor dos dispositivos eletrônicos que podem substituir o cigarro convencional, o e-cig foi criado com este intuito lá em 2003 pelo farmacêutico chinês Hon Lik. A ideia era criar um dispositivo de liberação de nicotina que produzisse um vapor semelhante a fumaça. Ele também funciona com um elemento de aquecimento interno por bateria.
Os e-cigs são divididos basicamente em três partes: bateria, cartomizador e um bocal. O cartomizador possui o cartucho pré cheio com o líquido que se transforma em vapor, e em muitos casos ele é descartável. Seu sistema de aquecimento é por condução, ou seja, a essência fica em contato direto com o elemento aquecedor.
Estes cigarros eletrônicos foram criados a princípio com um design muito parecido com os cigarros, onde até a luz na ponta acendia de forma que simulasse uma brasa ardendo. Hoje novos e-cigs vem em formato de “caneta”, com tecnologias mais seguras e não são mais descartáveis como os da primeira geração.
Vaporizador ou Vape (eletrônico)
O vape é a evolução dos e-cigs. Muitos ainda chamam os vaporizadores de cigarro eletrônico mas não é. Com um sistema eletrônico inteligente e seguro, os vapes podem ter até 3 sistemas de aquecimento: por condução, por convecção (quando a essência não entra em contato com o elemento aquecedor) e um sistema híbrido.
Hoje são centenas de marcas produzindo e vendendo aparelhos vaporizadores. Sua anatomia consiste em um mod eletrônico e inteligente alimentado por uma ou mais baterias, o post que leva a potência para a resistência, o atomizador que faz a conexão da bateria com a bobina, a bobina ou coil ou resistência pré fabricada ou não (muitos fazem a sua própria resistência para ter mais potência, mais sabor ou vapor mais denso – não recomendado para iniciantes), o tank que é onde tudo se encaixa e ainda se coloca o líquido e o drip tip ou bocal.
O universo vape é muito extenso e complexo para explicar em poucas linhas, por isso é necessário muita leitura para adquirir conhecimento antes de começar a “vaporar”. São diversos modelos de aparelhos, resistências, formas de tragar ou inalar, cuidados que se deve ter entre outras coisas.
O líquido que se usa tanto nos e-cigs como nos vapes é composto por:
- propileno glicol, composto orgânico considerado seguro;
- glicerina vegetal, composto orgânico de baixa toxidade;
- aromatizantes;
- nicotina (opcional).
Experiência própria: sou vaper (usuário de vape) há mais de dois anos e usar um vaporizador como substituto de um cigarro pode ser cilada. Conheço muita gente que trocou sim o cigarro por um vape, mas os vícios são totalmente diferentes por ser coisas tão distintas. Inclusive já fui usuário dos dois ao mesmo tempo. No vape você traga diferente (se puxar igual o cigarro você vai engasgar). O vapor vem denso e em grande quantidade. Na hora de soltar este mesmo vapor, ele sai frio da sua boca.
Em questões de sabor, você nunca vai encontrar um Juice (líquido) parecido com um cigarro mas tem outros tantos com sabores muito bons. Você pode diminuir a quantidade de nicotina com o tempo ou até vaporar sem nicotina. Ele também não deixa cheiro na roupa e nem na boca.
Aviso: a nicotina é o principal causador da dependência física e psíquica dos cigarros mas não é necessariamente cancerígeno.
fonte: http://www.tobaccoharmreduction.org/faq/nicotine.htm
“…a nicotina por si só não é especialmente prejudicial, e se fosse
possível entregar a nicotina em um formato aceitável que
efetivamente substitui o cigarro, poderíamos salvar milhões de vidas.”
Colégio Real de Médicos.
Aparelhos no Brasil
Desde 2009 a ANVISA proibiu a venda de qualquer tipo de cigarro eletrônico no Brasil. Ainda não há uma legislação específica para tal, nem de comercialização e nem de uso.
Mas é proibido usar?
Não é proibido usar. Você pode adquirir qualquer um dos aparelhos fora do país, ou pedir para alguém trazer para você e usar numa boa. Por respeito ao próximo, as pessoas que usam estes aparelhos seguem à legislação do cigarro para não perturbar os não usuários, utilizando apenas em locais abertos ou específicos.
Por serem produtos novos no mercado, ainda desconhecem os efeitos à longo prazo de qualquer um dos três produtos, portanto se você quiser usar, use por sua conta em risco.
Fumar é prejudicial a saúde!
fontes:
https://www.namastevapes.com.br/blogs/news/cigarro-eletronico-e-os-vaporizadores
http://www.smoketip.com/eCigarettes-and-Vaporizers-Whats-the-Difference_b_3.html
https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/101962-dossie-e-cig-tudo-o-que-voce-queria-saber-sobre-cigarros-eletronicos.html